sexta-feira, 12 de março de 2010

Somente os meus versos me consolam
Somente eles sabem o que sinto
São deles o valor da lágrima
Estão neles o peso da angúsita
Neles encontro companhia na noite fria, só
Me abraço a eles e sinto um calor sereno
Nos meus versos eu me vejo e me distraio
São dos versos meus amores, meus pesares
As lágrimas estão nos versos, a beleza está nos versos, a sintonia
A sinfonia de palavras amarguradamente construídas
A arquitetura solene deles são minhas também
E também me pertenço e me perco neles
E me basto, e me busco e me acho
Meus versos são minha bússola, são meu guia, são meu Deus
Meus versos são meus, tão meus que nem me cabem
Eles são maiores, grandiosos, eles são fortes, seguros
Eles me passam segurança, eles me passam alegria
São dos meus versos a felicidade que tanto me falta
São dos meus versos a minha poesia, a minha alma.

Bruno Sampaio.
Meu amor, como te limitas!
Há um mundo novo todo construído para você.
Há um mundo de felicidade, de paz, que construí para você, aqui fora
Meu amor, como te prendes!
A vida é bem mais que suas conclusões
A vida é mais que qualquer achismo inconcreto seu
Meu amor, como te iludes!
Vem comigo, caminha ao meu lado, saberei te guiar
Vem comigo, me mostra quem tu és, quero mostrar que sei te amar
Meu amor, como me maltratas
Não ligue para imperfeições, olhe dentro de mim, veja o que há de belo
Não ligue para outros afora, o que há aqui é mais lindo e completo que tudo
Meu amor, como nos entristece
Cai deste pedestal, meu amor, vem comigo, te prometo que será bom
Cai deste trono, eu te ajudo, eu te preencho, eu te prometo
Meu amor, como te amo!
És tudo aquilo que busco para mim
És como um todo sofrimento, sou como um todo sofrimento
Mas não, não deveria ser assim!
Temos um ao outro!
Que mais belo há na vida que ter outra vida para amar? Para te amar?
Vem meu amor, vem antes que eu voe, voe bem longe!
Vem, vem enquanto meus braços abertos só esperam o teu calor.
Não desistas do amor, meu amor, tu me tens.
Embora não te tenhas, estou aqui, te esperando, calado.
Sofro por não te ter e tu sofres por nada ter.
Vem, meu amor, vem!
Me completa que eu te preencho e te faço feliz!
Vem, meu amor, tece comigo a poesia da vida
Que eu te eternizo nos meus versos
Vem, amor, vem!
Serás eterno enquanto puro
E serás puro como a minha poesia.
Bruno Sampaio.

Numa dessas, Érica disse: "poesia não se põe data, elas são tão eternizadas que não se prendem ao tempo". Perdida no computador, tão real e tão pulsante. Tão verdadeiro pra mim... Tão eu aí! =)