quarta-feira, 27 de maio de 2009

O porquê da tristeza

Acho que quem lê, deve me imaginar como um ser antisocial, vazio, triste, decadente, com um copo de requeijão, com whisky, na mão, embriagado, tentando burlar, fugir da tristeza que me afeta e me abala. Pensar que cada texto desse foi escrito quando os antidepressivos que tomo já precisavam de uma outra dose para continuar seu efeito de falsa felicidade.

E o engraçado é que isso não ocorre!

Amo escrever sobre tristeza, solidão, melancolia, fundo do poço, pelo simples fato de achar lindo. Como não sou intelectual e como não tenho capacidade de escrever coisas interessantes, ou inteligentes, ou até de bolar situações das mais complexas, me resumo no que consigo e isso me resume.

È um traço meu. Não trago minha ironia para a minha poesia. Trago a minha depressão, que, às vezes, inexiste. E o engraçado é isso.

Cara, eu não consigo falar de uma menina loira brincando num parque verde, feliz. Imagino, logo em seguida, uma outra, abusada e espancada logo na rua atrás, próximo a uma que foi jogada de uma janela.

Mas é a vida, infelizmente. Se ficasse só na imaginação e no sentir, seria ótimo. O pior é que temos que viver e cada dia mais expostos à infelicidade das ruas e das pessoas. Mas é isso. O degradante está aí, ao nosso lado, a nossa frente, na nossa poesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário